Honestamente acabei sem
entender o porquê de tanto burburinho em volta desse bate-boca da Marília
Gabriela com do Silas Malafaia, daí fui procurar o vídeo da entrevista. O que
vi e, principalmente, ouvi, foi uma enorme gritaria que no fim das contas só
serviu pra ratificar o que os mais ajuizados já sabiam: o que o Silas Malafaia
diz não se escreve, nem deve ser levado em consideração, para mim,
exclusivamente pela imensa falta de respeito dele para com o próximo, e que a
Gabi, bem como todo jornalista, embora pregue, não consegue fazer uso da
imparcialidade e, ao invés de conduzir o colóquio de forma que o convidado
pudesse expor suas ideias estapafúrdias, acabou se exaltando também tornando o
desrespeito uma via de mão dupla.
Discordar é preciso,
por isso acredito que ninguém tem a obrigação e aceitar ou de concordar com a
opinião alheia, pelo contrario, até porque é justamente isso que torna a
convivência entre os seres humanos interessante.
Não imagino que tipo de
coisa que saia da boca desse cidadão influencie na vida de qualquer ser vivente
com o mínimo de discernimento que seja, ele só grita, mas não vejo problema algum no
fato dele defender o que acredita. Penso também que a entrevista podia ter sido
levada de maneira menos agressiva, digamos, ao menos por parte da
apresentadora. Porém, há quem, com todo o direito, pense diferente. Esperemos o segundo semestre, pois.
P.S.: Esse comentário,
postado na rede por uma das mentes mais brilhantes que tenho o prazer de
conhecer, exprime bem o sentido da coisa:
“Eu acredito que o fato de uma religião não
abençoar uma união não impeça ela de existir, a união estável entre
homossexuais já é uma realidade no Brasil, e eu acredito que hipocrisia é
alguém querer a benção de uma fé com a qual não se concorda; Outra coisa que
acredito é que da mesma forma que eu posso respeitar o que eu discordo eu posso
me expressar e desejar ser respeitado por isso; Acredito tb que a religião tem
o direito (e pq não o dever) de se posicionar em relação ao que acredita, porém
o estado laico tem o direito (e pq não o dever) de não dar a mínima para o que
a religião aprova ou não; Acredito ainda que quase todas as minorias sofrem
preconceito e que isso não é nada legal, mas infelizmente não podemos
reescrever a nossa constituição para adequar a cada minoria então a lei do
respeito a todos seria legal a se ter como máxima, afinal o hétero realmente
não sofre preconceito por ser hétero, mas sofre por ser um hétero pobre, ou por
ser uma hétero negro, ou por ser um hétero com tatuagem ou por não ter dente,
enfim nenhuma dessas práticas são mais condenáveis do que outras; No ramo do
que eu acredito, ainda, está que Marília Gabriela é uma fantástica entrevistadora,
mas nesta ela foi muito infeliz, que o papel dela seria facilitar a explanação
de temas por parte do convidado, o que geralmente ela faz divinamente, e não
querer debater com o entrevistado afinal, acredito que ela o convidou para q
ele explicasse a sua maneira de pensar e não para concordar ou discordar dele e
por último eu acredito que o que eu acredito não faz nenhuma diferença para
nenhum de vocês, até pq vcs têm o direito (e pq não o dever) de não concordarem
com nada do q eu escrevi, mas ainda assim eu me sinto no direito de dizer, e
isso é o que eu acho legal em uma democracia.” – Rony Joab
É isso.
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