quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Com um "T" bem grande pra você

Manchete de Ontem: Cientistas redefinem o tédio

"Também não tenho nada de interessante pra fazer
[...]
Se eu não faço nada, não fico satisfeito
Eu durmo o dia inteiro e í não é direito"

Eu nunca pensaria no tédio como uma coisa séria assim, coisa para estudos científicos e tal. Sempre associei esse sentimento a quando não se tem nada para fazer e aos artistas do movimento romântico. Não me lembro se estavam sempre entediados, mas era essa a impressão que eu tinha quando lia sobre eles - mas não o que eles escreviam.

Há coisas que realmente precisam ser estudadas com mais profundidade, como outras dezenas de doenças, desvios, síndromes, comportamentos e afins. Quanto avanço científico já teria sido feito se a ciência desse a eles a devida atenção!

Entretanto, parte de mim acaba ficando com o pé atrás, porque se o TÉDIO é definido como

"Um estado aversivo de querer, mas ser incapaz do exercício de atividades satisfatórias."

porque não se tentar fazer as coisas de modo satisfatório? Me preocupa a entrega alheia quando as situações não são favoráveis. Será que não está faltando aí um tiquinho aí de força de vontade?

Parte de mim pensa: "se quero e me sinto incapaz, como posso me tornar capaz e atingir meus objetivos?". A despeito da reportagem, isso grita em mim porque talvez eu supervalorize o livre-arbítrio e essas coisas todas. Todavia, reconheço que muitas coisas (a serem estudadas pela ciência) que estão além do nosso alcance e poder.

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