terça-feira, 29 de janeiro de 2013

OS POBRES VALORES DAS RIQUEZAS NA MODERNIDADE



Primeiramente, peguei esta notícia de compartilhamentos no facebook. É do Globo Online e, até então, creio ser verossímil. Aí está a referência, coisas que eles me obrigaram a por como se eu não fosse dizer a fonte. (Acham que eu uso a mesma técnica anti-jornalística deles, hehehe)

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Vamos ao artigo.
Quando os valores estabelecidos pela ideologia capitalista burguesa triunfam na sociedade mundial, as coisas mais básicas da vida passam a ser desprezíveis e as supérfluas as extremamente necessárias. Vence o indivíduo que mais acumular, que mais eliminar o Outro, ou ainda eliminar a possibilidade deste Outro de ter alguma coisa, - pensar em ter alguma coisa. É vitorioso aquele que mais souber usar e explorar alguém, por mais que deseje que no mundo haja apenas ele, este indivíduo idealizado por essa ideologia vigente.

Acumular o quê? Ora, tudo, pois tudo tem preço e tudo é mercado, conforme reza a cartilha, a compilação dos dogmas do deus Mercado. A coisa é tão forte que confundem todos nossos desejos com mercadoria, preço, investimento, especulação etc., que lhe trará a felicidade para ser um ser que poderá usufruir de todos seus bens advindos de imensos esforços para prejudicar, competir e aniquilar o Outro.

Há mais ou menos 500 anos que esta estrutura tomou proporções globais com a descoberta do Brasil e nele a aplicação do pensamento e aplicação da vanguarda modernista europeia. Terra eterna para deleite dos dominadores e exploração extrema de povos dominados. Uma estrutura que incorporava força humana como mercadoria, desconsiderando a própria condição humana do escravo, logo, o excluía de qualquer benesse. Quem não tem, não é.

Assim é o mundo hoje. Sintomas: a inveja, a depressão, a violência. Causadas não pelo facebook, obviamente, pois esta rede é apenas uma vitrine do verdadeiro causador: o consumismo desenfreado e enaltecido.

Mas inveja do que o outro tem é mais antigo que qualquer australopiteco. O curioso é a inveja e desânimo que o usuário do facebook cria ao ver uma família feliz. “Pessoas na casa dos 30, as que mais invejam a felicidade familiar”. Também é algo antiquíssimo, porém, são pessoas que tem o dito, comportamento passivo ante a vida que veem dos outros. Ainda é muito forte o ideal “religioso” do casamento como sacramento.

Ignoram-se todas as outras formas de viver e amar. É a vitória da mediocridade.

Itaipava, 22 de janeiro de 2013

2 comentários:

  1. Vitrines, "eu, eu, eu...". Moçada se comprazendo com o próprio reflexo, seja para se enaltecer seja para para autocomiseração. O importante é estar na vitrine, visível a todos. "E ai de quem não me olhar!" :)))))

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  2. "É vitorioso aquele que mais souber usar e explorar alguém."
    Filosoficamente falando e financeiramente tb.
    Ta aí o segredo da fortuna.

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