Desmistificado! Assim anuncia a notícia do café. Agora o café ajuda na memória e concentração. Tudo bem, já que os cientistas agora concordam que sim.
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Claro que não está tudo bem!
Segundo a matéria, os cientistas afirmam que, a partir de experiências com ratos de laboratório, a cafeína protege o neurônio de se corromper. Há aqui duas grandes questões a serem tratadas. O fato de a ciência mudar de opinião diversas vezes e ninguém se importar com isso (exceto Thomas Kuhn , é claro); e a questão do controle de variáveis do método experimental.
Não faz muito tempo, os neurônios não se regeneravam e nem eram produzidos. Bem, até hoje eles não se regeneram, mas agora o hipocampo é atuante na produção de neurônios.
-Ah, então quer dizer que agora produzimos neurônios e antes não e...
Claro que não! Acontece que só agora “descobriu-se” este fato. A expressão descobrir da o entendimento de que o conhecimento já estava ali, apenas esperando ser flagrado. O mais importante ressaltar disso tudo, é de que a ciência muda de opinião. Embora ela ACREDITE que exista a verdade real e...
-Ahá! Peguei-te cientista!
Desde quando ciência tem o direito de acreditar em algo? O método científico se prevalece justamente em ser um método “a prova de crenças”, porém, o mesmo é baseado em crenças. O que de fato não seja bom nem mau, mas provoca o cientista. Emparelhamos a ciência e a filosofia, e porque não a religião. Todos estão fundamentados em paradigmas que guiam suas direções.
O método experimentalista acredita que chegará mais perto da verdade quando controlar todas as variáveis que possam corromper a experiência. Porém, um campo isolado só é isolado do nosso ponto de vista. E a prova disto são as exceções existentes na ciência, que são “desconsideradas” pelo cientista, por se tratar justamente de um caso raro.
A questão aqui não é desconsiderar a ciência, mas desmistificá-la de “verdade absoluta”, o que se trataria de um dogma, mas mostrar que ela é uma verdade entre muitas. Pela ciência conseguimos tirar padrões de respostas que nos permitem construir tecnologias para viver melhor (em qualquer âmbito). Mas este entendimento (um deles pelo menos) a cerca dela é importante para não cairmos na “crença de que a ciência em nada crê”.
Mas, voltando ao início do texto. A ciência comprovando ou não, que um cafezinho de vez em quando cai bem...cai...
Pelo que sei, foi mais ou menos assim..
ps.: Vale a pena conferir “A estrutura das revoluções científicas”, do Thomas Kuhn.
Nossa, adorei o post.
ResponderExcluirNão tem como discordar, a ciência tb é construída por homens, cheios de crenças que corrompem as coisas de certa forma, devido a sua visão.. e isso a aproxima muito da religião... o modelo, pelo menos.
O caminho do meio, sempre! hehehe Adoro essas novidades científicas quanto ao benfazejo de substâncias. As posologias, melhores ainda!
ResponderExcluirEsse Georgius sempre tão perspicaz...
ResponderExcluir=)
Mas perae, tu pegou ou está pegando o cientista?
ResponderExcluirHaHa.
Que pouca vergonha é essa com o cientisa? iauahauahau
ResponderExcluirMas enfim, achei o post mto bem escrito, e curti demais as observações sobre "as crenças" da ciência.
Cara eu adoro café!
ResponderExcluirEu tomava na mamadeira, por mais q minha mãe faça questão de negar!
EU LEMBRO!
Laila Mirella:
ResponderExcluirA proposta era apenas despir de "algumas vestes"..hehehehe
Gt, estou chocada!
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