segunda-feira, 21 de março de 2011

Crianças "prodígios" e a internet.

Tentarei reproduzir aqui a situação vivida por alguns milhares de pessoas nos últimos dias:

"Rebecca Black sendo xingada na minha timeline. Hm, ela também está nos TTs. Afinal, quem é essa tal de Rebecca Black? Vou pesquisar. Ah, sim, tem a ver com aquele vídeo de youtube que vi em vários lugares mas deu preguiça de assistir. Ok, já que estão comentando tanto, vou dar uma olhada. (5 minutos depois...) MEU DEUS, QUE LIXO É ESSE???!!! (e todos voltam a fazer o que estavam fazendo antes.)

Mais ou menos na mesma época tropecei num vídeo um tanto interessante, que me veio como uma boa comparação com o primeiro, só que infelizmente não tão famoso: este aqui. Vale a pena dedicar uns 4 minutos para ver este garotinho "brincando de reger".

A falta de conteúdo parece dar muito mais o que falar. Não sei, acho que gostamos de criticar coisas "toscas", talvez nos faça melhor (isto é filosofia de boteco apenas, não estou criticando ninguém). Gostaria de entender qual é o caminho que leva vídeos como o da tal Rebecca Black a alcançarem tanto ibope enquanto o talento de tantos outros jovens fica de fora. Claro que é humanamente impossível dar-se conta de todo o material que é compartilhado diariamente na internet, mas temos nossos esquemas. (continua. ?)

10 comentários:

  1. É mais um grupos de coisas primeiramente inúteis, mas que depois viram os grandes objetos de pesquisa sobre a manifestação humana. Criticar e julgar é muito fácil. O legal é tirar dessas coisas alguma análise minimamente interessante. Seu post, por exemplo, é uma análise boa daquilo que antes era uma perda de tempo. O "perder tempo" já é um conceito relativo. :)

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  2. eu n tinha visto...

    Tipo é uma menina cheia de perebas na cara, adolescente, com um clipe idiota e com a voz chatinha como qualquer menininha teen americana!

    Ou seja? Com certesa fará mto sucesso..

    Oba! oO

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  3. Eu vi o clipe por causa de uma crítica a ele. A impressão que eu tenho é que é quase como o TT: tem mais gente perguntando "quediaboéisso?" do que gente que realmente sabe o que tá acontecendo, hehehehe!

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  4. E o que significa "o novo justin bieber"?
    Mais uma pessoa com um corte de cabelo questionável? Mais uma pessoa q a gt n entende pq está na mídia?

    Mto complexo isso..

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  5. Obrigada, Aline. Teu post me fez desistir de assistir ao vídeo.

    ;)

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  6. Pois bem. Eu nem vi o vídeo, mas parece que não perdi grande coisa...
    Mas acontece que sou metida, e mesmo assim quero comentar...rs
    Coisas bonitas dão trabalho. A burrice é tão fácil, tão simples, tão acessível...!
    Talvez por isso eu, que não vi o vídeo, esteja aqui comentando.
    Ai.

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  7. Hoje em dia é muito fato que qualquer um pode publicar. Não acho que falta conteúdo. Não acho que em questão que músicas/artes em geral a gente pode generalizar em dizer que isso é bom ou isso é ruim, porque existem umas perguntas implícitas nisso. Bom/ruim pra quem? Bom/ruim pra quê? Bom/ruim quando?
    Uma "demonstração artística" pode não fazer sentido pra uns, mas ela sempre vai ter um público, por mínimo que seja. Eu acho que isso também conta como preconceito. Tanta gente que não viu o vídeo, mas que pelos comentários vem dizer que.. "pô.. se tão falando isso e se tem esses elementos deve ser ruim." Mais uma vez... ruim pra quem? Isso é preconceito sim.
    Não acho que as informações vão vir só de noticiários "mais sérios", elas podem vir de todo lugar e de onde a gente menos espera.

    Quanto ao video, eu vi, acho engraçado, divertido pra certos momentos.
    É como eu disse, qualquer um pode fazer conteúdo e gerar comentário na rede.
    Tudo que tá na rede tem um conteúdo, se não funciona pra uns, pode sim funcionar pra outras pessoas e de maneiras diferentes.
    A pergunta é...
    isso é bom/ruim pra quem?

    É que eu procuro não me limitar às generalizações. E perceber que tudo tem o lado bom e o ruim. E não gosto de desprezar totalmente uma coisa porque não funciona por mim, pois em algum momento isso pode ser utilizado por mim como forma conhecimento sim.

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  8. Acho que os besteróis servem de vazão ao cotidiano tão pesado. Pensar na maioria das vezes dá trabalho, nem todo mundo aflora coisas inteligentes o tempo todo. Uma reflexão por umas boas risadas, fato.

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