sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O trabalho alienante

Eu procurei uma porção de coisas que me interessassem. Fui do esporte à fofoca - não teve jeito. Nenhuma notícia me cativou. Vi que o Neymar foi dirigir carro de corrida, uma juíza foi assassinada (e sim, pensei em escrever sobre isso), uma mulher recebeu transplante de rosto, uma das panicats entrou no A fazenda. Enfim, procurei.

E a questão é que nada. Nada me preocupava mais que os textos que tinha que ler no trabalho. Nada me tirou mais do sério que o prazo impossível. Nada me abalou mais que as pessoas não me enviarem o que eu precisava para seguir meu trabalho. Enfim, nada recebeu mais meus olhares que os avisos do Outlook me lembrando que não daria tempo. 

E o expediente terminava nessa sexta assim como o prazo que eu mesma estipulei para postar aqui no Manchete e daí a máxima veio à minha cabeça: o trabalho é alienante. 

E eu não preciso me estender sobre teorias e nem captar o que Marx falou, tampouco preciso pensar muito se o que ele disse se aplicava ao que eu estou dizendo. Sei que nem é o caso. O caso é que eu queria poder conversar com as pessoas à vontade, queria poder sair mais cedo e tomar uma geladinha, ou ir para casa e tirar esse sutiã que me tortura e afunda meus ombros. Mas nada disso é possível, se não consegui nem achar uma notícia que me desse uma ideia, me darei ao direito de curtir minha sexta-feira à noite? 

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