quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Marcha contra corrupção.





A Secretaria de Segurança Pública insiste em 12 mil pessoas, bem...  Quem estava lá garante um número maior, a estimativa da PM é de 100.000 entre o desfile e a marcha. Quantos tinham? Nunca vamos saber... Mas creio nos 25.000.

E ainda é pouco.

Não sei quantas pessoas é preciso reunir pra chamar a atenção dos nossos políticos. Sou totalmente descrente quando o assunto é política... Mas confesso que fiquei animada com essa história de Marcha Contra Corrupção.

De alguma forma, a Dilma conquistou minha confiança enquanto presidente, mas falta muito para que eu tenha alguma esperança quanto ao Brasil. Enquanto PT e partidos aliados pedem pra ela maneirar na intolerância à corrupção, vemos que a saúde, a educação, as estradas, enfim, tudo continua um caos. Não basta o desvio de dinheiro às escondidas, as coisas são feitas de maneira escancarada e nós vamos engolindo aos poucos. Eu não quero chover no molhado, afinal estamos cansados de saber disso, então vamos prosseguir...

O fato é que a passeata foi maior do que apareceu na mídia, quem esteve lá voltou com alguma esperança, porque não pegar uma carona nisso? Deve haver algum motivo pra Secretaria de Segurança Pública tentar diminuir o número de pessoas, provavelmente há a intenção de fingir que não foi nada e evitar que uma próxima manifestação possa atrair mais gente. Eu não participei dessa, mas meus pais sim, minha irmã também, e me arrependi de não ter ido. A idéia deles era ficar dentro do carro... mas como se manter distante de uma pequena multidão que está gritando exatamente aquilo que você pensa?  

“Voto secreto não, eu quero ver a cara do ladrão”.

"Dilma, como é que pode? Eles te roubam e a gente é que se fode."

Hoje em dia marcha-se por tanta coisa, e se tivéssemos um governo que realmente nos representasse não precisaríamos de marchar por tudo. Mas é preciso ir às ruas por tudo quanto é coisa... Dizem que o jeito de protestar é o voto, mas como assim? Quando as opções de voto foram confiáveis? O que poderíamos fazer? Anular o voto mil vezes?

Já estou na próxima marcha, e acho que isso é muito fácil. Vou apenas passar de uma indignada do sofá para uma indignada itinerante debaixo de sol quente. Não prometo que vou me envolver em questões políticas profundas... Mas prometo que vou na onda! Se sou Maria vai com as outras? Só quando as outras pessoas são inteligentes e envolvidas com causas importantes.  Quem mais anima???

6 comentários:

  1. Conte comigo para a próxima! É só me avisar!

    É verdade... marcha-se por tanta coisa... Eu quero ver mesmo é o bando de corruptos serem presos, estou cansada de "ah, vai ser aberta uma CPI para apurar e bla bla blá". Ou "foram concedidos habeas corpus para todos os que foram presos com excessos pela PF envolvidos em um escândalo de tal ministério..." =(

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  2. A política partidária, em sua completa acepção, no Brasil, ainda é algo muito distante. O PT deu uma esperança, mas acabou caindo na esparrela do fisiologismo de um PMDB, enquanto outras alternativas, como PSOL, PSTU, PCO, deliram com slogans do tipo "revolução proletária", que afastam pessoas sensatas do discurso político. Outra alternativa, o PV, popular na Europa, aqui acaba caindo na mesmice. Como li em algum canto, o projeto político brasileiro ainda é muito parecido com o das capitanias hereditárias, então ainda é, em sua essência, algo oligárquico e estamental... E a corrupção é característico desse tipo de política: o conchavo, o jeitinho, a carteirada... Por isso que nossa única forma de protestar se torna ineficaz: não aparece nada novo, realmente engajado para mudar tal panorama. O visual até que pode ser jovem (como o de um Collor, em 89), mas esmiuçando um pouco mais a gente vê que a mesma coisa... O problema do Brasil, como se sabe, é a impunidade... ainda que a visibilidade de hoje obrigue os políticos cortarem os mais "afoitos", falta uma punição severa e efetiva... afogam-se os peixes miúdos, enquanto os tubarões continuam a atacar...

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  3. A mídia, seu velho "2 pesos, 2 medidas" e a velha história do "apontar 1 dedo, com 3 apontando d volta";
    "Os partidos + corruptos do Brasil" - http://migre.me/5Eg6Q

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  4. Oi Ana, adorei teu texto.
    Quando vi as fotos da marcha em Brasília, fiquei realmente animada... Muita gente, para falar a verdade um mar de gente.
    Marchar contra a corrupção é legítimo no Brasil, apesar de alguns políticos e militantes partidários insistirem que não é necessário. Nesse delírio militante, cheguei a ler que a culpa da corrupção é dos empresários e dos banqueiros, como se fosse possível dissociar políticos, banqueiros e empresários.
    Se observarmos de forma ampla, o quadro político é basicamente o mesmo: Sarney, Collor, Renan Calheiros e tantos outros que sempre fazem parte da base do Governo. Costumo dizer que o Romero Juca por exemplo, é o líder de todos os Governos e não "Do Governo". Dilma conquistou minha simpatia e confesso, minha fé. A marcha contra a corrupção, encaro como uma marcha que etá apoiando de uma certa maneira as "faxinas" de Dilma, pois nossa Presidenta, está de fato colocando respeito na instituição Presidencial dando um "cala-te boca" nesse nosso Congresso. O problema central é que o Congresso, continua corporativo, já a Presidenta quer trabalhar e colocar os projetos de melhorias em prática.
    Lembro de uma parte do discurso dela quando tomou posse, a parte em que ela dizia que sabia que não podia errar. Confio nisso! Ela sabe que não pode errar e não vai deixar os senhores Deputados e Senadores continuarem a esculhambação costumeira.
    Abraços

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  5. Eu defendo todas as marchas. Pelo legítimo direito democrático de marchar. E pronto.

    A princípio, sem me aprofundar, pensei que a marcha era convocada pelo PSDB e DEM, que particularmente acho que não têm moral nenhuma pra chamar ato contra corrupção por motívos óbvios.

    Depois, ainda bem, soube que a de Brasília era um ato popular, completamente legítimo, coisa de quem vê, lê e interpreta a realidade e "de fora" dos espaços de poder, fica indignado e vai lá, reclamar, gritar, se expor.

    É direito, é a luta, é a vida!

    Parabéns a quem foi, em SP, em Brasília, mas com os motivos corretos: lutar pelo país que se quer.

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