sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Está aí.



E está aí: algo simples e bonito de se ver e que não te ofende, não te suga, e não exige nada de você.

Eu poderia começar dizendo que determinadas ações sociais não me faz acreditar que o mundo pode mudar e que depois vamos todos ser felizes e fazer uma roda e comemorar e se caso algo não sair do jeito que fora planejado, vamos, também, fazer uma roda e um minuto de silêncio para quem lutou tanto para tal ação. Não. Eu não acredito em papai noel, embora tenha um vizinho muito parecido com a definição de papai noel que eu conheço. Enfim.

Gente bonita, de todo o Brasil. Estamos em um período onde ditadores são arrancados de seus governos e mortos. Grande parte de nós, ou das pessoas que nós convivemos acham bonito, justificável e aplicável: resolvemos os problemas como tem que ser resolvido, e se for preciso matar, fazer exposição do corpo e qualquer outra coisa, faremos e ainda colocaremos um samba para tocar. Sério, não acreditem no que eu falo. Minha visão tende sempre a ser a visão dessa pessoa pouco direcionada e muito, muito alienada.

E assim, o que eu tenho para contar para vocês é: estou estudando Geografia. Prazer, Anna Cristina, não mais 19 anos e sim 20. E agora? Agora fudeu. E fudeu porque eu decidi ler livros com diferentes visões daquilo que habitamos. E vocês hão de me dizer: ‘já vem ela falar da Terra, daqui a pouco começa a fazer do Aquecimento Global’. Não não, podem ficar tranquilos. Aquecimento Global é para os fracos e quando digo o que habitamos, digo puramente o nosso espaço. E, por conseguinte, nosso espaço faz parte de uma escala da qual podemos perceber o quando a Geografia por si só é uma das ciências mais bonitas (eu tinha que fazer minha propaganda, não é? Afinal, estamos no país da propaganda, onde o sujeito é capaz de vender sua alma para comprar o que se passa ao vivo e a cores, com símbolos e adiante frases e sinais encantadores).

Bom, é melhor eu focar no que eu quero dizer. Se nosso espaço faz parte de uma escala local, regional, nacional e por fim, global, nós precisamos acreditar que algo que acontecerá no Global vai atingir nosso local, certo? É assim com o pão da padaria e o preço que pagamos por ele, um dia sobe e no outro também. Vemos aí, aquela história conhecida de dólar, crise, inflação, valorização e taxa de câmbio e por aí vai. E muitos de nós não entendemos nada do que fala pelos jornais, porque é tanto número (que nós das Humanas achamos aterrorizantes) e gráficos que fica difícil mesmo de entender. Até irmos à padaria e comprar o nosso pão e sair do nosso bolso um número de dinheiro a mais, pronto. Poderemos então entender que algo está errado e por consequência, o nosso pão está mais caro. Eu estou dizendo, viva a Geografia por traduzir tudo para a gente.

E aí que acontece o seguinte. Existiu um sujeito por umas bandas anteriores a nossa chamado de Paulo Freire (guardem esse nome), que Alfabetizava alunos por método de associação, interagindo direto com o lugar (de referência e vivência) do aluno, para assim ele entender como é que se escreve CASA , por exemplo. E é o que é, realmente, útil: tornar real o que estudamos para isso não sair do nosso cérebro, porque já basta o que sai do cérebro dessas pessoas que manipulam, ou tentam manipular todo mundo.

E enquanto tem esses programas sociais de grande destaque e sabe-se lá se com grandes ações, tem um programa de alfabetização antigo dando certo e mudando a realidade do país. Eu sempre digo que o ser humano é capaz de tudo (de vender o cérebro ou construir um conhecimento para o mesmo) e quando ele quer, ele é capaz de dar uma banana pro Governo e agir por conta própria. Enfim, achei algo produtivo e queria compartilhar com todos vocês, e, também, eu não estava afim de ficar escrevendo algo sobre o Enem, por exemplo.
Um abraço para vocês!

2 comentários:

  1. Eu, que trabalhei em "Ong" digo que o buraco real é muito complicado.

    Nem todas as boas intenções são sérias e realistas.

    Mas, vamos manter a esperança. Afinal, se ela é a última que morre, iremos embora antes....com esperança em nossos corações.

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  2. Já alfabetizei adultos, bem como também já dei aulas a turmas de EJA, em que jovens e adultos podem retomar de forma mais ampla - ao invés do restritivo supletivo - os estudos. É muito gratificante ver o quanto eles respeitam os professores, diferentemente de alunos da educação regular... E eles querem AULAS, realmente, ao invés de programas de "aceleração", como aqueles da Fundação Roberto Marinho, que põe uma tevê, um dvd e um "professor" para apertar o play...

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