sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel.

Sou hóspede aqui, por isso estou lhe escrevendo. Palavras cortadas e mais nada. Soube através de algumas músicas e letras que você gosta das rimas, mas não todas. Não sei se consigo rimar, mas tento sempre com as palavras brincar. Não é todo dia que temos tempo para parar e ir escrever, você sabe. A rotina é sufocante. Acordar, sair, estudar, voltar, almoçar, descansar, trabalhar, trabalhar, estudar, voltar, lanchar, chegar, conferir. Não necessariamente nesta ordem, mas tudo com tamanha intensidade. Que se passa fica difícil tomar até uma água, por isso a garrafinha na mochila. E mesmo morrendo de cansaço, ter tempo para saber como anda a vida virtual. Porque, você sabe, não temos mais só uma vida normal, temos, também, a virtual. E que correria é essa que faz não sobrar muito tempo para as conversas cara a cara, olho no olho.
Mas não posso reclamar, a agitação não me consome, quer dizer, consome só de um lado, porque do outro eu paro, e arranco o meu aplauso. Não ter tempo para pensar besteira faz o dia ser mais leve e altamente mais produtivo. E esse ato de criar é único. No ápice da correria há pausas imperceptíveis que retomam um pensamento dando sentido a toda coisa, entende? Consegue me entender? É que as vezes estamos lá na correria do dia a dia, procurando alguma saída e não vemos nenhuma esquação possível que resolva todo o problema, até que em um outro plano, já com uma outra atividade, descobrimos uma raíz que busca, passa e leva toda a solução e isso, isso é demais.
Agora inventaram essa de esconder o que não merece ser escondido e escancarar aquilo que pode ser duas vezes repensado e guardado. Mas é compreensível já que a estrada caminha para isso. E não quero parecer enfática com as mesmas frases e o mesmo pensamento que muitas vezes soa revoltado. Mas veja você, a maioria das pessoas abominam conversas sobre sexualidade ou sexo e acham normal assistir o moleque que matou e roubou por dinheiro. Não sei qual a visão de mundo que vocês tem, mas acredito que seja bem diferente da minha. Porque como pode fazermos da nossa hospedagem um paraíso de futilidades dementes que não vão nos levam a lugar nenhum. E você não precisa vir me dizer que mesmo fazendo da nossa hospedagem um paraíso de não futilidades nós, também, não vamos a lugar nenhum. E cada sabe lá o que é importante, por aquilo que vive, qual a sua fé, sua razão e coisas do tipo. Mas é que não pode ser normal aceitarmos o sofrimento do outro com tanta facilidade, ou sem nenhuma lágrima. E não digo isso para todos começarem a se emocionar ou xingar o mundo quando virem em algum canal de televisão (e digo televisão porque o brasileiro gosta bem dessa caixa) uma situação deplorável, revoltante, de sofrimento e por aí vai. Porém acho que seria pertinente e necessário lutarmos por mais igualdade e por menos mentiras. É isso. Feliz Natal para quem acredita nele e para quem não acredita, felicidade para você, você não é pior por não acreditar, você só é você.
 Nos esbarramos por esse mundão! 

Desculpa a demora galera, mas estou sem computador e corri contra o tempo para conseguir postar. Valeu por tudo esse tempo que escrevemos e que lemos juntos tudo isso. Que possamos continuar juntos!

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