quarta-feira, 14 de março de 2012

Concurso de idiotas.

Oi, eu sou concurseira.

Sou concurseira desde 2007 quando eu mal sabia onde é que eu encontrava o lugar em que se anotava quais são os concursos que estavam com as inscrições abertas.

Desde então venho, em alguns domingos do ano, às vezes pela manhã, às vezes pela tarde, ou nos dois turnos em alguns casos, perco (ou ganho) umas quatro horas sentadas em uma cadeira, geralmente desconfortável, resolvendo questões com a emoção na ponta da caneta. Emoção porque é ali o meu futuro. Um ultimato.

Só que eu tenho uma realidade triste para mostrar hoje. Infelizmente eu tenho constatado uma regressão nas execuções dos concursos.

Ora, sempre vai ter um burro ou avoado que vai se esquecer de tirar o relógio, levar uma caneta com o tubo de plástico escuro, ou que vai se esquecer que não pode ficar com o celular montado. Para isso, tem-se os fiscais.

E EU ODEIO OS FISCAIS.

Porque são um bando de filhos da puta. Desculpa a palavra, mas não encontro outra. Um bando de filhos de uma puta. Que sequer tem a mínima noção de que existe uma galera que estuda e rala para ir lá e fazer uma prova, esperando que todos estejam em condições igualitárias e que não haja confusões, anulações, nem tumulto.

A empresa que não prepara bem seus fiscais de prova são filhos da puta do mesmo jeito.

Eu não sou muito de xingar, gente. Mas hoje eu estou com ódio. Muito rancorzinho nesse meu coração...

Domingo fui fazer a prova do Senado. Estou estudando já tem um tempo. Eu paguei R$ 180,00 para fazer uma prova em um campus LONGE para caramba. Com carteiras expremidas umas nas outras. Sem conforto, sem gente qualificada para me informar algumas coisas, sem o mínimo de respeito. EU PAGO R$ 180,00 NÃO É À TOA NÃO!

Primeiro porque não fiscalizaram se você guardou seus pertences na sacolinha que eles entregam para tanto. Resultado: pessoas tirando fotos dentro da sala, com a prova na mão.
Segundo porque a senhora que passava o detector de metais estava DORMINDO, e os demais fiscais davam risadas da situação e a deixavam ali enquanto muitos passavam por ela sem serem revistados (logicamente eu a acordei e mostrei minha insatisfação com a atitude adolescente de uma SENHORA), depois não haviam mais CARBONOS para que eu pudesse pintar meu dedo e colocar a minha impressão digital na prova. Constei em ata, mesmo com as duas fiscais da minha sala não tendo a mínima noção de que existia uma ata.

Às vezes me pergunto se sou mesmo palhaça. É errado por um acaso eu querer trabalhar no Senado Federal? Me parecia que o concurso era uma grande fonte de arrecadação e fodam-se os candidatos.

A banca foi a FGV, que assumiu a prova da OAB e que, de repente, começou a mandar na área. Dizem as más línguas que tem parente do Sarney no meio...

Como uma palhaça, me indago: "O que eu esperava de um concurso para o Senado Federal brasileiro? Lisura?"

Parece piada.


Um comentário:

  1. Pq a Sra. não abriu um processo contra os organizadores do concurso?

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