domingo, 23 de setembro de 2012

Brasil, aqui também se mata por nada.

Manchete de Ontem: Homem é morto dentro do Terminal Integrado do Recife


Como essa sensação de insegurança é assustadora!

Mas assustadora ainda quando a gente fica sabendo que certas barbáries não têm sequer motivação plausível (se é que pode existir motivação plausível pra qualquer que seja o crime): segundo algumas outras reportagens atuais que vi/li sobre este caso, Carlos Escavuzzi, a vítima, havia pedido ao vigilante, a posteriori seu algoz, pra entrar no terminal sem pagar, porque estaria sem dinheiro no momento. O Vigilante negou o pedido. O rapaz, aproveitando-se de um momento de distração do funcionário do metrô, pulou a roleta, aí não deu outra: levou um tiro. E caiu 'mortinho da Silva' ali mesmo, dentro do Terminal Integrado do Recife, por volta das 9h40min, horário de grande movimento, diga-se de passagem. O segurança Gilberto José de Oliveira, que, se apropriando de mais uma regalia de nossa lei, se evadiu do local pra livrar o flagrante. Pra variar, o sistema interno de monitoramento eletrônico estava quebrado, pelo menos é o que alega o METROREC, o que certamente dificultará ainda mais as investigações.

A impressão que dá é que essa besta quadrada – que me perdoem as bestas quadradas – saiu de casa com o pensamento: “hoje eu vou meter bala no primeiro que me dirigir à palavra”.  Só pode!...

Céus! Pensando bem, isso implica dizer que, levando em consideração a “teoria da bala perdida”, qualquer uma daquelas pessoas ali presentes podia ter a mesma sorte de Carlos. Podia ser eu, podia ser Flávio (‘ex-Mancheteiro’), que tá no terminal todos os dias mais ou menos por essas horas. Ou seja, foi ele que nem sei de onde saiu, mas que era uma vida importante pra alguém, e também podia ser gente eu amo.
Quantos outros mais precisam morrer de maneira banal e covarde pra que a gente comece a perceber que as coisas não andam bem?

Só desobedecer a uma ordem é muito pouco, é motivo torpe demais pra se usar como desculpa pra se matar alguém tão friamente assim. Pior ainda é justificar com acidental, um crime tão cruel. Que foi o que aconteceu, num dos seus depoimentos o acusado disse que o disparo foi acidental. Tenha dó!

Não sei se é a idade, excesso de humanidade, ou a proximidade do período de eleições, não sei bem o porquê, ultimamente notícias assim me deixam aflita e triste. Muito triste.

3 comentários:

  1. É uma das políticas mais "eficazes". A morte, o matar. O deixar morrer. Praticam entre si uma síndrome de Robocop, fazer a justiça por sua vontade. E o pior, foi um caso só, que sai nos jornais. Barbárie total!

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  2. E legalizar a pena de morte pra quê, né? Qualquer um pode decidir sobre a vida do outro, sem se preocupar em ser penalizado por isso. Afinal, as duas únicas coisas que dão cadeia neste país são: sonegar imposto e deixar de pagar pensão alimentícia. A pessoa não quer pagar a dívida, mas paga dois comparsas para executar a pessoa a quem se está devendo... A pessoa mata a dançarina, por que ela venceu o concurso que "deveria" ter sido vencido pela namorada do assassino... E por aí vai. Isto é Brasil! Triste.

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  3. Não dá pra acreditar! Imagina a situação da família desse rapaz?

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