segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O racismo e os cabelos



É o tipo de notícia que não deixa muita gente feliz, pra não dizer ninguém. Aliás, para o jornalista André Forastieri, esse tipo de coisas “acontece”. Para ele o funcionário deve “vestir a camisa da empresa, dançar conforme a música”, mesmo que isso vá contra a questão de identidade, mesmo que isso seja uma falta de respeito contra o funcionário, pois foi isso o que se viu nesse caso da estagiária.

Fico entre a tristeza e a indignação, por ver que tem gente que mede a boa aparência pelo cabelo alisado, enrolado, pela blusa mais comprida para esconder os quadris.  Aliás, segundo a escola envolvida, o cabelo liso (ou preso, como os responsáveis alegam agora) é sinal de boa aparência, não se pode trabalhar por lá (e por tantos outros lugares) se você tiver o que muitos chamam de ‘cabelo ruim’. Não desce.

Sim, eu sei que várias empresas pedem que as funcionárias prendam os cabelos, mas esse não foi necessariamente o caso da moça.

Fico engasgada, besta mesmo, diante de tal situação. Li a notícia e custei a acreditar que era aquilo mesmo. A ideia do país miscigenado pode parecer clichê, mas ainda acho o fim quando dou de cara com pessoas com o pensamento tão ultrapassado, para não usar um termo mais pesado que possa definir minha indignação.


8 comentários:

  1. Nossa Rita, PIREI. Ao ler a opinião daquele jornalista sobre a Ester, percebi que ainda tenho um lado adolescente latente, pq achei RIDICULO esse lance do cabelo e quadris para se adequar ao perfil da empresa. Daqui uns tempos de duas, uma: ou 90% da população ficará desempregada por conta disso ou as empresas terão de fazer convÊnio com o Ivo Pitangui para dar conta de adequar as pessoas ao perfil da empresa...

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  2. Padrões cultural, histórica, social, arbitrária e absurdamente impostos. O belo, aceitável, a melhor aparência, estão associados à pele branca, ao cabelo liso, à magreza, à heterossexualidade, à religiosidade.

    Diversidade, muitas vezes é discurso da boca pra fora. E o ser humano, o homo (tão pouco ainda) sapiens, vai se privando da grandeza do que é belo, que não cabe no seu cérebro de amendoim...

    Lamentável...

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  3. Olá... vim agradecer a visita.
    Vou te seguir tb.
    Menina eu vi essa matéria ontem e fiquei indignada!!!

    Bjs

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  4. O jornalista ao qual a Isis se refere é o André Forastieri, que disse que o mundo é assim mesmo, a gente tem de obedecer e priu. Espertinho ele, praticamente um sociólogo. Principalmente porque é muito fácil dar pitaco nas coisas quando não se sente na pele...

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  5. Lamentavelmente ridiculo. Que país é esse mesmo?

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  6. Respondendo a Carol Cb: é a porra do Brasil.
    eu preciso comentar? tá, vou ali pegar meu café e ignorar esse acontecimento, porque ele é, inquestionavelmente, ridiculo.

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  7. Pode ser falta do exercício da leitura de qualquer coisa vinda do R7, mas fazia tempo que não lia um texto tão desprovido de inteligência quanto o desse André Forastieri (quem?).

    Fico pensando ainda em quão grave é isso ter ocorrido em uma escola. Não é apenas por ser onde as crianças são educadas, mas por ser um lugar onde os clientes que frequentam são diversos.

    Triste, triste. =(

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  8. Aham, tá.

    O tal André Forastieri misturou um monte de argumentos, uns que não têm nada a ver com outros (por exemplo, misturou atendentes de loja que vendem algo estético com funcionários de um colégio que "vendem" um serviço educacional, onde deveria se ensinar, obviamente, a educação e nela, inclui o exercício do combate ao preconceito, e não um incentivo) e falou tanta idiotice que, olha... eu não sei não, mas acho que fossem escolher jornalistas pelo nível do intelecto, ele seria o excluído, no caso. Mas aí já não seria preconceito... só falta de capacidade mesmo.

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