Existe algo que a gente aprende na escola: como funcionam as leis de mercado. A tal "oferta e procura", e o quanto a qualidade de um produto influencia em seu fracasso ou sucesso.
Se você tem um bom produto, haverá procura por ele; se a demanda for maior que sua capacidade de produção, talvez você possa melhorar seu ganho subindo os preços; Se preferir ganhar em escala, ou o mercado oferecer produtos de qualidade e preço similar, o que você precisa é aumentar sua produção.
Agora, se os produtos de preço similar tem qualidade superior à sua, baby, seus investimentos devem ser para melhorá-lo. Eu aprendi assim, as escolas ensinam assim, e a vida, na maior parte do tempo, funciona assim. Exceto no país do gigante deitado em berço esplêndido.
Depois de tornar os carros importados (geralmente superiores) totalmente inviáveis, chegou a vez de onerar também nosso paladar. Porque deve ser a mesma coisa você, um brasileirinho que não tem direito de preferir um produto de qualidade superior, tomar um Chateau Duvalier ou um Marcus James, e tomar um Syrah, ou Chardonnay, argentino ou chileno, feito com muito mais cuidado e método.
Se as vinículas brasileiras não apresentaram nos últimos 200 anos nenhum interesse em se profissionalizar, em aprender com a vizinhança (os hermanos se mexeram anos atrás e hoje o mundo leva o vinho argentino muito a sério), esse problema não é dos acomodados.
Esse problema é seu, que ou deixa de tomar vinhos, ou se acostuma com os vinagres que fazem por aqui. Porque vinho nacional mesmo, que vá além do vinho de mesa suave, só a Miolo parece fazer.
Minha preocupação vai muito além da gastronomia e da grande interferência que, através do bolso, o governo pretende fazer na vida do brasileiro. Vai até as graves consequências que isso pode trazer ao colocar nossa indústria, que geralmente não é das mais proativas, em uma zona de conforto que ela jamais mereceu.
Minha preocupação vai muito além da gastronomia e da grande interferência que, através do bolso, o governo pretende fazer na vida do brasileiro. Vai até as graves consequências que isso pode trazer ao colocar nossa indústria, que geralmente não é das mais proativas, em uma zona de conforto que ela jamais mereceu.
Ao invés de simplesmente encarecer os produtos importados, por que não ensinar as vinícolas brasileiras a produzir vinhos? Eles tem essa capacidade. Afinal, a Aurora aprendeu a fazer brandys e grappas excelentes, por que não aprenderia a fazer vinhos?
Impor o consumo de produtos nacionais é errado, sim. Incentivar a indústria nacional a produzir direito é o certo.
Afinal, se até os argentinos conseguiram, nós podemos também. =)
(vamos apelar pra uma rivalidade histórica, quem sabe assim alguém se sensibiliza)
kkkkkk. Vinho Nacional, que perdoem os patriotas não conta. O bom mesmo é o europeu. kkk
ResponderExcluirVinhos bons ultrapassam as fronteiras européias. Existem vinhos bons na América Latina (Concha Y Toro e suas pontuações não me deixa mentir), e na Austrália também, até nos Estados Unidos existem uns razoáveis.
ExcluirA Miolo hoje em dia já faz alguns vinhos até bons.
Se for ao sul do Brasil pode encontrar alguns vinhos de mesa mais que razoáveis, mas vinho de mesa é uma coisa rudimentar, comum. Falta identidade e técnica ao vinho nacional, não mercado ou mesmo uvas.