sábado, 16 de junho de 2012

Praças e corpos

Apesar de ilegal, grupo acampa em praça em protesto contra a Rio+20

A reportagem remete a um acampamento "ilegal". Criticando o discurso vigente sobre sustentabilidade, em protesto ao Rio+20. Afirmam o rechaço quanto ao discurso hipócrita de sustentabilidade da "Cúpula dos povos". Inspirados no 'Occupy Wall Street', batizam a manifestação de 'Ocupa dos Povos'.
As autoridades locais afirmam que o protesto em si não é o que ilegaliza a manifestação, mas sim o fato de estarem acampados. Ora, é como não impedirem construções, mas proibirem o martelo. Além do que, a "praça" é simbólica. A ocupação do lugar público, enquanto espaço físico, é também a ocupação do lugar público pelo povo enquanto instância subjetiva.
De fato, algumas coisas vem mudando desde então: as praças já não tem mais a mesma utilidade que antigamente, e a internet traz consigo possibilidades de expansão e proliferação de informação nunca antes imaginável. Porém, a praça ainda carrega consigo significados que a extrapolam. O corpo físico marca presença enquanto representação. Atualmente é impossível calar os pensamentos, mas também não precisa calar os corpos né?

Um comentário:

  1. O Estado pensa que é melhor calar tudo agora, para não haver uma ploriferação de pensamentos sensatos em massa.

    ResponderExcluir