quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um minuto de sensatez.


Muita gente talvez não vai compartilhar da mesma opinião que eu mas digo com toda convicção: o currículo escolar brasileiro é uma papagaiada.
Não me assusto quando me pedem para que corrija um texto, quando leio redações de colegas da faculdade e percebo o quanto não sabem expressar suas ideias num papel, quando saio pelas ruas e leio "concertos" e "consertos" usados de forma equivocada...

Sinto muito, mas acho que esse negócio de enfiar tudo quanto é matéria no currículo uma palhaçada. Desde o ensino fundamental até o ensino médio. O currículo deve ter menos matérias para se ter mais tempo de aprendê-las. Um bom português, uma boa matemática, uma boa ciência.

E lá vai sobrar tempo para um bom português quando se tem um monte de matérias no currículo?

Eu já sou contra de química e física para todo mundo (eu nunca usei nada dessas matérias em toda a minha vida - sou advogada e caso precise saber algo que esteja nesse contexto é necessário, de toda forma, um perito, ainda que eu entenda e saiba resolver um problema que venha a surgir, por exemplo).

Eu nem vou falar nada do ensino público porque não preciso falar nada. É só dar uma olhada na escola pública perto da sua casa. E percebendo o nível dos alunos da rede pública, acho que essa iniciativa é uma iniciativa válida. Mercadante, em um minuto de sensatez, constatou: "É uma sobrecarga muito grande. Não contribui para formar melhor o aluno." Ora, são 13 matérias.

É como se fizesse uma lista de "ah, o aluno tem que saber isso, aquilo, isto daqui também" e pronto. Jogar o conteúdo em cima e seguir em frente... Porém, a educação não é isso. Como você vai dar 13 matérias se os estudantes mal estão sabendo o português e a matemática?

Encher um currículo é hipocrisia. 
Esvaziá-lo é sensato.

Primeiro o básico, depois a gente vai vendo o resto.



Nenhum comentário:

Postar um comentário