domingo, 9 de setembro de 2012

Nó no estômago

Não achei o link para este post, aliás, nem sei se existe. Só sei que hoje, início de setembro de 2012, no jornal da manhã bem cedinho de uma emissora de TV, vi uma reportagem que me deixou imensamente ultra super puta da vida. E antes que venham defender os pobrezinhos fracos e oprimidos, já digo que não responderei a nenhum comentário, já que penso que cada um tem seu juízo de valor! E usarei este espaço para dizer que minha opinião é formada do seguinte ponto de vista: eu simplesmente me pus no lugar da senhora dona do apartamento, a quem chamarei Regina. A estória é a seguinte:

A dona Regina é diarista. Com muito esforço e abrido mão de várias coisas, ela conseguiu comprar HONESTAMENTE uma casa em um programa de casas populares. Ela batalhou muito por isto, sendo que poderia estar roubando, matando, gritando, sei lá eu. Pois bem, ela comprou a casinha e paga as prestações em dia. Ela mobiliou a casinha. Dai ela tirou férias e por 15 dias esteve fora de sua casa. E desde então não pode mais voltar, porque durante este período um grupo de pessoas invadiu o apartamento da dona Regina, VENDEU OS MÓVEIS DELA e lá estão. A dona Regina? Só chora, e não consegue sequer por o pé na sua casa.

A reportagem foi com ela ao local. Quase quebraram a câmera. A prima da tia da cunhada da sobrinha de uma das invasoras (ela também é uma das do grupo) deu uma entrevista sem mostrar o rosto. Só disse "não sairemos. Ela que procure os direitos dela." Ah sim, além disto tudo aí em cima, dona Regina descobriu que o grupo está "vendendo" o apartamento por $1000.

EU ME COLOQUEI NO LUGAR DA DONA REGINA! Me imaginei lutando honestamente para conseguir algo, e de repente ter que "ir atrás dos meus direitos". Pensei nisto e até agora meu estômago embrulha. De tristeza. De impotência.

Não sou advogada. Não sei termos bonitos. Não vivo em uma bolha e sei como é o mundão lá fora. Só sei que, nestas horas, me sobe um gosto amargo na boca. Meu estômago embrulha. E penso se não estamos cada vez mais ao Deus dará, jogados ao sabor do vento. Terra de ninguém. Só sei que, nestas horas, só uma lei impera, e tenho muito medo das consequências desta desordem organizada. E esta lei é cega, surda, muda. E lenta...

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