sábado, 3 de novembro de 2012

Fim dos tempos




É, amigos, a humanidade está por um fio.

Se navegar no facebook é mais tentador que sexo, podemos começar a nos preocupar. Afinal, a tendência é a taxa de natalidade diminuir com as pessoas fazendo menos sexo (não diga, Karol?!).

É complicado porque pessoalmente falando eu jamais trocaria uma transa pelo Facebook. E ficaria extremamente perturbada se meu eventual parceiro assim o fizesse. Sério, uma pessoa normal faria realmente algo assim?! Mas não acho que a pesquisa tenha colocado, também, essas duas possibilidades diante uma da outra: ou sexo ou facebook. O que eles consideraram, na realidade, foi a tentação do serviço em relação à sua facilidade de acesso, ou seja, o facebook está quase sempre à mão enquanto a contraparte, dependendo da situação, não é muito acessível.

De qualquer maneira, as redes sociais, ao que parece, estão suprindo a necessidade de contato “ao vivo” entre as pessoas. Não é esquisito esse mundo em que tudo acontece coberto pela película de rede e as pessoas simplesmente não precisam mais se tocarem/se conhecerem para se relacionarem?

Eu cresci na era digital. Ganhei meu primeiro computador com 14 anos, mas antes disso já era ratinho de lan house. Adoro Internet e vivo conectada. É tablet, smartphone, twitter, facebook, blog, tudo para me comunicar o tempo todo. Mas esse contato é impessoal. As pessoas que conheço da internet dificilmente serão aquelas que conseguirão estar ao meu lado quando um problema sério e off-line aparecer. É engraçado analisar as coisas desse ponto de vista. E é interessante ver como, cada vez mais, a gente conhece todo mundo, mas não conhece ninguém.

Eu sei que o assunto não é novo e que um monte de gente adora fazer essas críticas à distância que a rede traz. Uma distância disfarçada de proximidade, afinal, você fala com qualquer pessoa e em qualquer parte do globo instantaneamente. Mas e quando você precisar de um contato? Um abraço, um beijo, qualquer coisa mais íntima do que um teclado e um monitor podem proporcionar?

Há uns meses atrás a Anna Cristina postou um poeminha que fez sucesso por aqui e recomendo a leitura:


Sou de uma geração ímpar nas suas escolhas
Nasci no meio de toda essa tecnologia
Fruto de muitas histórias e, também, muita alegria.

Criei-me no mundo da divulgação
Postei minha vida e divulguei minha opinião,
Sou filho dessa socialização.

Não importa o lugar que estou
O que eu fiz e nem para onde eu vou
Posto tudo para quem quiser ver
Esse é meu diário do viver.

Não tenho medo da minha condição
A justiça é minha, meu amigão
Se você não curtiu desta vez
Não comente no meu mural neste mês.

Se for para me julgar
Não deixe de para meus amigos perguntar
Se não sou da turma do bem
Aquela que tem regalias nos presídios desse vai e vem.



Não sou estudiosa, especialista nem nada do tipo. Não tenho propriedade para falar do tema de forma definitiva. Mas minha consciência diz que se o Facebook está substituindo o sexo na vida das pessoas é porque o negócio está muito, muito sério mesmo.

2 comentários:

  1. Coloque sério nisso....retrato preocupante de geração, perdida, que está vindo por ai.

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  2. Só para não deixar passar...........eu, e minha geração, preferimos sexo. kkkk

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