quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Confundo política com novela.



Eu não sei se a culpa é minha, da política ou dos jornais. Eu não sei. O que eu sei é que as sessões de poder e política dos portais que acesso habitualmente, muitas vezes me lembram uma novela. Não chega a ser uma novela mexicana, pois apresenta muitas cenas comuns com novelas brasileiras, mas é uma novela.

Vamos à trama:

Núcleo 1: A gata Borralheira e seus ratinhos

Apesar de morar em um palácio, Dilma se ocupa apenas de fazer faxina (é o que diz a imprensa).  Os ratinhos, ao invés de ajudarem, só atrapalham. Além disso, morrem de medo da faxina, porque sabem que ratos não são comuns em locais bem limpos. Vizinho de Dilma, Michel, que deveria estar preocupado com o caos no seu partido, vê a cunhada assinando um contrato com  a Playboy e teme sua desmoralização (será? Só mencionei porque é uma  história bem parecida com a da filha x Raul Cortes em Mulheres de Areia).

P.S: Não se sabe o que a presidente fará com a suspensão da faxina.  Talvez  vá bordar, cozinhar, fazer compras ou encontre um grande amor. Nas novelas, toda mulher que para de praticar sua atividade preferida, encontra um grande amor.

Núcleo 2: Ala gay

Lula começa a novela sendo um insensível casado com Marta, passando o trator em cima de Eduardo Suplicy por amor à sexóloga. Em dado momento, Lula se encanta por Haddad, envolvido na polêmica do kit gay,  e resiste a esse amor por causa das pressões da bancada evangélica. Contudo, Lula acaba cedendo e protagonizando um beijo gay, que nunca irá ao ar. (Só não sei se vai colar a história do Lula tratorar, visto que toda vez que alguém vai passar com um trator em cima de algo em uma novela, trata-se de um grande empresário insensível. E, pelo que sabemos, Lula é povão, pobretão, super humilde e sensível ¬¬).
 

Núcleo 3: Sarney e suas amigas.

Sarney é a perua, tipo a Cristiane Torloni da novela das oito. Sabe-se que o ele é importante, mas ninguém sabe o que ele fez para se tornar importante. Ele comenta que uma ministra é gordinha, mas em tom de brincadeira porque ele tem muita classe. Quando é flagrado em uma ilha, em companhia de um empresário suspeito, a perua Sarney resiste ao escândalo com a ajuda de um amigo, que declara: “ele não é uma qualquer”. Ca-la-ro que como as peruas das novelas, Sarney comanda chás e cafés, da entidade que preside (entidade beneficente que beneficia  seus componentes), onde as participantes ocasionalmente trocam farpas.


Núcleo 4: Maluf, o velhinho ensaiando arrependimento.

Após anos negando seus crimes, e à beira da morte, o crápula teme o inferno e ensaia pedir perdão por um pecadinho para conseguir uma chancezinha de redenção. Contudo, ele já criou seus filhos na malandragem, e não consegue assumir o crime, pensando em não complicar o filhote, que tem alguns anos a mais de vida por vir. Péssimo político, mas ótimo pai. ¬¬



Enfim, talvez eu tenha assistido novelas demais nessa minha vida. Talvez os jornalistas tenham assistido novelas demais na vida deles. Talvez, talvez, talvez... Mas uma coisa é certa, tanto novela, quanto política, são realidades muito distantes da minha, com histórias que raramente me inspiram e quase sempre me dão nojinho.


4 comentários:

  1. hahahahahahahahahah e quem é que paga a rodada de suco (ou de pizza) pra galera??? SOMOS NÓS! (só rindo mesmo hahahah) Muito show, o post!

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  2. Pois é, Norora.

    Realmente é assim que funciona.
    Acho que a reprodução da trambicagem no mundo da ficção ajuda a reduzir nosso choque diante das trambicagens do mundo real.

    É triste, lamentável mesmo.
    Infelizmente não é uma confusão só sua, mas da maioria...

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  3. Vc arrumou um jeito da minha pessoa entender política, né?

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


    Assim vai!

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  4. A esperança que o vilão se dê mal no final é grande! Mas eu estou com medo deles fugirem de avião com affair! Hahaha
    Adorei!

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