Manchete de ontem: Família de Nissim Ourfali processa Google
Acho muito interessante viver em uma era crucial
de mudanças de comportamento em relação à privacidade. As pessoas estão
tentando se adaptar à vida virtual, esbarrando em limites, criando
critérios e, claro, cometendo erros que são resultados inevitáveis de suas
tentativas. Não há exatamente uma regra do que é certo ou adequado e muito
menos legislação específica sobre isso. Assim, as pessoas tentam aproximar o
comportamento virtual do senso comum que sempre esteve por aí no mundo real,
que também não é tão claro e simples assim.
É tudo muito rápido, instantâneo e incontrolável
e não, nem todo mundo tem a noção real disso. Mesmo quem está conectado 24
horas a todas as redes sociais, usa vários gadgets e se julga pleno conhecedor
do que a internet é capaz, talvez não entenda perfeitamente esse poder. Mas
quem vive em primeira pessoa um fenômeno como o do vídeo do Nissim Ourfali
percebe isso claramente, compreendendo ou não. E, com certeza, não é fácil
lidar com uma situação assim.
É válido e importante pensar nos efeitos que isso
teve na rotina do garoto pré-adolescente e em sua família. Ser o alvo da piada é
complicado e há diversas formas de lidar com isso e isso depende de fatores que
vão além do contexto e da proporção que a situação teve. Por outro lado, é bom
lembrar de histórias como a do grande hit
Bed Intruder Song.
Para quem não conhece, tudo começou com uma reportagem num noticiário sobre uma
tentativa de estupro em um bairro pobre em Huntsville, nos EUA. O irmão
indignado da vítima falou às câmeras e expressou sua revolta com a invasão de
sua casa. Acontece que esse irmão era uma pessoa de aparência e trejeitos,
digamos, um pouco peculiares. Um grupo de humoristas de um canal do YouTube
transformou a história em música com o Auto-Tune e o vídeo instantaneamente
virou um fenômeno. Antoine Dodson,
irmão da vítima e alvo da piada em questão, entrou na onda e acabou ajudando sua
família humilde com o dinheiro que veio da venda da música no Itunes,
iniciativa que partiu do grupo de humoristas.
Como
todos sabem, foi a própria família do Nissim que postou espontaneamente o vídeo
no YouTube. O resto é História. O resto pertence à internet. E a internet é um
organismo vivo, gigante, faminto e ágil e, por isso, tão sensacional. Por esse exato
motivo, é bom pensar nas consequências que virão do “alimento” que damos a ela.
Estamos todos aprendendo a lidar com isso, cada um em seu ritmo, e ninguém consegue
prever onde isso vai dar.
E, nessa situação, há duas opções: hide your
kids, hide your wife ou aceitar a piada e rir da própria cara viralizada na
internet.
Fonte: TecMundo |
Eu me pergunto o quão estupido alguém deve ser por achar que a internet é um ambiente controlável, quando vão entender que publicar algo é o mesmo que colocar letreiros luminosos em cada rua do planeta com sua foto, vídeo, comentário, ou seja lá o que for que você fez de errado. Quem expõe publicamente a própria vida na internet não tem direito algum de reclamar das consequências, de tempos em tempos aparecem casos desse tipo e é sempre a mesma historia "eu queria mostrar só para os meus amigos, mas o mundo todo viu e agora estou chateado".
ResponderExcluirE geralmente usam a própria ignorância como argumento de defesa, dizendo "ai, mas eu não sabia que isso poderia acontecer comigo".
ExcluirEu me divirto =B
E em tudo isso não houve a opressão direta do Grande Irmão (ainda). Entrou-se nessa por vontade, de exibicionistas a vigiados. Excelente, Barbie.
ResponderExcluirnem sei quem é esse, o que ele fez, mas se virou isso tudo, se fudeu mas ganhou uma graninha, menos mal kkkkkkk
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